Marcus Vinicius de Freitas
Vem sentar-te comigo, Lídia, ali
no canto mais escuro da varanda.
O refrescante cheiro da vianda
tornará chã a Arcádia de rubi
inventada por poetas eunucos
a quem bastava a mão na tua mão.
Para mim, vale muito mais o muco
da tua boceta ardida de tesão.
O toque da tua mão seria bom
se fosse, segurando no cacete,
para tocar punheta infinita.
E o leite escorreria num filete
que beberias, licor de bombom,
balindo – árcade – como cabrita.