Violeta Branca (1915-2000)
Teu desejo de vento
torceu os galhos fortes de minha vontade.
Sou folha tonta,
no giro alucinado
do teu caprichoso amor de vento.
Num constante delírio,
rodopio,
rodopio,
rodopio,
como pétala perdida
nas tuas doidas mãos de vento...
Da floresta mágica do sonho,
arrancou-me a fantasia de teu pensamento.
Sou a árvore mais linda,
árvore que canta
no delicioso desnorteio
do abraço morno
dos teus febris braços de vento.