Tinha quarenta e cinco... e eu, dezesseis...
Na minha fronte, indômitos anéis
vinham da infância, saltitando ainda.
Contavam dela: – Já falou a reis!
Tinha quarenta e cinco... e eu, dezesseis...
Formosa? Não. Mais que formosa: Linda.
Seu olhar diz: Seja o que o Amor quiser,
a verde planta que os meus dedos tomem!
Pela última vez foste mulher...
E eu, pela vez primeira, fui um homem!
Na minha fronte, indômitos anéis
vinham da infância, saltitando ainda.
Contavam dela: – Já falou a reis!
Tinha quarenta e cinco... e eu, dezesseis...
Formosa? Não. Mais que formosa: Linda.
Seu olhar diz: Seja o que o Amor quiser,
a verde planta que os meus dedos tomem!
Pela última vez foste mulher...
E eu, pela vez primeira, fui um homem!