Estes nossos sonetos do caralho,
Que falam só de cu, caralho, cona,E feitos a caralho, a cu, a cona,
Semelham vossas caras de caralho.
Trouxestes cá, poetas do caralho,
As armas para por em cu e cona.Sois feitos a caralho, a cu, a cona,
Produtos de grã cona e grã caralho.
E se furor, oh gente do caralho,
Vos falta, ficareis no pica-cona,Como acontece amiúde co’o caralho.
Aqui termino esta questão da cona
P’ra não entrar no bando do caralho,E, caralho, vos deixo em cu e cona.
Quem perversões tenciona
Aqui nestas asneiras logo as lê.Que mau ano e mau tempo Deus lhe dê.
(Trad. José Paulo Paes)