Angelica de Lis (1984-2009)
Sinto saudades das nossas intensas horas de amor
dos arrepios que tuas carícias me provocam,
me deixando assim molhada, excitada, querendo o teu calor.
E, no meu corpo, sentir esse fogo queimando-me.
Sinto saudades de quando exploras o meu corpo
e descobres os pontos prazerosos que me levam
aos gritos e gemidos, ao inferno e ao paraíso,
eu sem defesa e tu sem piedade possuindo-me.
Tua língua em todos os orifícios do meu corpo,
senti-la quente e furiosa dentro de mim levando-me
ao ponto inalcançável do prazer, me faz querer que
permaneças dentro de mim, alimentando-se do meu gozo.
Teu membro a penetrar-me, tuas mãos em fúrias nos meus seios,
tua boca a procura da minha língua, sugando-me, como
se de nossas salivas, dependessem as nossas vidas.
Que saudades de quando na madrugada fria nossos
corpos quentes se encontram e se amam, teus beijos docemente
acordam-me e eu me rendo a esse amor.
Que saudades da transa debaixo do chuveiro, água fria,
corpos quentes, eu e você banhando-nos em gozo.
Teu olhar procurando-me e eu querendo-te
dentro de mim.
Que vontade de entregar-te o meu corpo,
e ser escrava do seu desejo.
Que saudades de você.