Amigos da Alcova

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Elegia

Paulo Franchetti



Meu tesão não gastei na foda insana
Evitando a putada, que chamava...
Ah! Cego eu cria, ah! mísero eu sonhava
Sempre dura esta vara, que é humana!

Da broxice fatal a mente ufana
Dos efeitos de agora não curava!
Mas eis sucumbe a Natureza escrava
Ao mal, que é o tempo e que tudo dana!

Este pinto, que em tempos foi soberbo,
Já não se recompõe, não ergue a crista,
E, pois, esta sentença dura averbo:

Fodi pouco, afinal, pois tudo é nada,
Se após a ronda, o sítio e a conquista,
Fica mole esta pica desgraçada!

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