Nei Leandro de Castro
Com os dedos, quase bruto, vou tocar
a carnadura dos teus grandes lábios
e vou além explorador abrindo
as redondas clareiras do teu gozo,
onde entrarei com o ímpeto sereno
de macho que afaga e que deflora.
Quero te ver no cio, putana, virgem,
me machucando com os teus caninos,
afiando as garras no meu lombo.
Em represália, eu te parto ao meio,
coisa frágil que és, corça de louça,
que fustigada investe com tal fúria,
me engole todo, me mata, me mastiga
e me devolve trapo: homem após gozo.