João Cabral de Melo Neto (1920-1999)
Pernambuco, tão masculino,
que agrediu tudo, de menino,
é capaz das frutas mais
fêmeas
e da femeeza mais sedenta.
São ninfomaníacas, quase,
no dissolver-se, no
entregar-se,
Sem nada guardar-se, de puta.
Mesmo nas ácidas, o açúcar
é tão carnal, grosso, de
corpo,
de corpo para o corpo, o
coito,
que mais na cama que na mesa
seria cômodo querê-las.