Luiz Bacellar (1928-2012)
do teu
minúsculo coquinho
relatam
lendas milenárias
brotaram
sono, amor, carinho,
a lua e as
outras luminárias;
onças e
pássaros noturnos,
quanto em
teu bojo se escondia
dele fugiu
com ares soturnos
enquanto o
breu se derretia;
tu foste a
caixa de Pandora
das tribos
bárbaras de outrora
e a cor das
asas da graúna
saiu de ti
como um trovão
para que a
filha da boiúna
pudesse
amar na escuridão