Messody Benoliel (1933-2003)
Eu sou assim, coberta de incerteza
E paradoxalmente incontrolável
Creio, portanto, mais do que explicável,
ser sempre um mar em plena correnteza.
Sou o que sou devido a natureza
Que não me quer de forma controlável
Vivendo em ansiedade insustentável
Que me atiça com muita sutileza.
Sou contraste, sou várias numa só,
Sou fêmea calejada por amar
Sabendo dar um laço e dar um nó.
Sou outras, não sou nada certamente,
Necessário será me apaixonar
Para ser muitas, de repentemente.