Amigos da Alcova

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

A história de Loirinha 8

Marco Adolfs


            Loirinha estava um pouco nervosa e sentindo frio. Tirou então as sandálias, pegou um edredom que estava na cama, enrolou-se e procurou relaxar. Logo o copo de uísque chegou, trazido por um dos garçons que serviam na festa. O tempo então passou um pouco mais naquele quarto. Quando escureceu e o barulho da festa começou a cessar progressivamente, Loirinha ficou esperando que o tal deputado subisse a qualquer momento. Quando ele abriu a porta e entrou, Loirinha percebeu que o homem mal se aguentava de pé. Ele então fez um sinal com a mão para que Loirinha o aguardasse um pouco mais; deslocou-se, cambaleante, até a suíte do quarto e depois de alguns segundos voltou carregando um saquinho transparente com um pó branco em seu interior.

            – É cocaína! Quer cheirar um pouco? – perguntou o deputado.

            – Não, obrigado – respondeu Loirinha.

            O homem então espalhou um pouco do conteúdo em uma mesinha de vidro que existia no quarto. Pegou um canudo, e, com um dos dedos pressionando uma das narinas, com a outra aspirou um pouco do pó. “É fácil então imaginar o que aconteceu”, pensei, ao escutar Loirinha falando sobre a atitude do deputado. “Num átimo sua cartilagem deve ter sentido o pó percorrendo-lhe as veias do cérebro... Um brilho intenso espocando como um flash em suas retinas. E logo aparecia um deputado alerta e vivo como nunca. O coração bombeando um sangue novo que lhe renovava os músculos retirando parte do efeito do álcool”.

            Sentindo ainda uma comichão nas narinas, o homem então desviou o olhar na direção de Loirinha, sorrindo.

            – Olá, menina!...Agora vamos ao que interessa – disse. – Tire a roupa e vá pra cama e me espere – continuou, enquanto se levantava.

            Loirinha obedeceu e, estendida na cama, ficou olhando o enorme deputado gorducho se despir. Não sentia nada. Apenas desejou que ele viesse logo e terminasse o mais rápido possível com aquilo. Mas o homem veio direto para cima dela e sapecou-lhe, para sua surpresa, uns sonoros tapas que lhe fizeram sangrar o nariz. Assustada ao extremo, Loirinha começou a lacrimejar. Não sabia o que fazer. Sentiu então o homem puxando-lhe pelas pernas e virando-a de bruços. Tudo muito rápido. Suas nádegas ficaram empinadas e ela tremia de medo.

            – Caladinha, viu! Nenhum pio senão te arrebento toda, sua vagabunda! – disse o deputado em seu ouvido.

            Loirinha ficou estática. E o deputado ainda disse:

            – Agora abre bem as pernas que eu vou lhe meter uma coisa... E eu quero que você aguente, ouviu?

(Continua na próxima semana...)

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