Marco Adolfs
– É cocaína! Quer cheirar um pouco? – perguntou o deputado.
– Não, obrigado – respondeu Loirinha.
O homem então espalhou um pouco do conteúdo em uma mesinha de vidro que existia no quarto. Pegou um canudo, e, com um dos dedos pressionando uma das narinas, com a outra aspirou um pouco do pó. “É fácil então imaginar o que aconteceu”, pensei, ao escutar Loirinha falando sobre a atitude do deputado. “Num átimo sua cartilagem deve ter sentido o pó percorrendo-lhe as veias do cérebro... Um brilho intenso espocando como um flash em suas retinas. E logo aparecia um deputado alerta e vivo como nunca. O coração bombeando um sangue novo que lhe renovava os músculos retirando parte do efeito do álcool”.
Sentindo ainda uma comichão nas narinas, o homem então desviou o olhar na direção de Loirinha, sorrindo.
– Olá, menina!...Agora vamos ao que interessa – disse. – Tire a roupa e vá pra cama e me espere – continuou, enquanto se levantava.
Loirinha obedeceu e, estendida na cama, ficou olhando o enorme deputado gorducho se despir. Não sentia nada. Apenas desejou que ele viesse logo e terminasse o mais rápido possível com aquilo. Mas o homem veio direto para cima dela e sapecou-lhe, para sua surpresa, uns sonoros tapas que lhe fizeram sangrar o nariz. Assustada ao extremo, Loirinha começou a lacrimejar. Não sabia o que fazer. Sentiu então o homem puxando-lhe pelas pernas e virando-a de bruços. Tudo muito rápido. Suas nádegas ficaram empinadas e ela tremia de medo.
– Caladinha, viu! Nenhum pio senão te arrebento toda, sua vagabunda! – disse o deputado em seu ouvido.
Loirinha ficou estática. E o deputado ainda disse:
– Agora abre bem as pernas que eu vou lhe meter uma coisa... E eu quero que você aguente, ouviu?
(Continua na próxima semana...)