Luiz Bacellar (1928-2012)
chega
o limão
ácido
e raro
seivoso
e claro
como
o verão
o
Poeta di-lo
cúpido
e ardente
túmido
e olente
verde
mamilo
na
toalha branca
de
mesa parca
seu
brando grumo
empresta
ao sal
fino
o cristal
do
fresco sumo