Rufino (século II?)
Três
beldades me escolheram para julgar-lhes as nádegas
a mim mostradas no esplendor da nudez.
As de uma, florescendo em alvuras veludosas, estavam
marcadas ambas por covinhas graciosas;
a nívea carne das de outra, a de pernas abertas, tinha
rubor mais forte que a púrpura da rosa;
as da terceira, calmaria sulcada de ondas mudas,
palpitavam suaves ao seu próprio impulso.
Se o juiz das deusas, Páris, tivesse visto estas nádegas,
não quereria saber de mais nenhuma.
(Trad. José Paulo
Paes – da Antologia Grega).