Múcio Teixeira (1857-1928)
Certa
menina muito galante
Fez a punheta ao seu amante.
Fez a punheta ao seu amante.
Foi numa sala de grande luxo
Que a delambida caiu no buxo...
O felizardo, com ar de sono,
Sem mais aquela, palpou-lhe o cono.
Disse, arreitada: – Se quiser, meta...
As calças ele desabotoa
E mostra a coisa... Que coisa boa!
Ela as mãozinhas põe no caralho...
– “Sacode, aperta” – diz-lhe o bandalho.
Com as mãozinhas logo esporradas...
Se o pai soubesse da putaria,
Desse brinquedo não gostaria.
Se a mãe soubesse da vil punheta,
Preferiria que ela lhe desse a greta.
E ela dizia, depois, sem sono:
Porra nos dedos... dedos no cono!