Zemaria Pinto
ai, que já me arde a febre do desejo
volúpia de te ver, tocar, amavelmente
no ritual cotidiano das tardes mais banais
como não sonhar com teu colo pálido
e a sarda que se espalha
pelo teu braço infinito?
as minas de rosáceas do teu peito
espalham nervos na sala entorpecida
pela pressa de chegar de onde se vem
sempre – cotidianamente
a carne dos teus lábios
roçagando minha barba por fazer
a língua desfaz-se em fogo
adivinhando tua língua de silêncios
meu coração delira preces pagãs
a palavra – um convite? um carinho?
desaba dentro de mim
borboleta abatida a escopeta
um helicóptero sobre minha cabeça
cavalga walkírias & fúrias
fim do expediente
(amor? amor um cacete
você não existe
o tesão não resiste
você não precisa saber
que a vida não vale nada
sem você!)
ai, que já me arde a febre do desejo
volúpia de te ver, tocar, amavelmente
no ritual cotidiano das tardes mais banais
como não sonhar com teu colo pálido
e a sarda que se espalha
pelo teu braço infinito?
as minas de rosáceas do teu peito
espalham nervos na sala entorpecida
pela pressa de chegar de onde se vem
sempre – cotidianamente
a carne dos teus lábios
roçagando minha barba por fazer
a língua desfaz-se em fogo
adivinhando tua língua de silêncios
meu coração delira preces pagãs
a palavra – um convite? um carinho?
desaba dentro de mim
borboleta abatida a escopeta
um helicóptero sobre minha cabeça
cavalga walkírias & fúrias
fim do expediente
(amor? amor um cacete
você não existe
o tesão não resiste
você não precisa saber
que a vida não vale nada
sem você!)