Eno Theodoro Wanke (1929-2001)
Não posso me esquecer, por mais que tente,
dos teus seinhos, numa nostalgia
de tê-los, de aninhar na mão vazia
a doce redondez, macia e quente.
E que ternura quando, humildemente,
a minha rude mão te acaricia....
– A carne do teu seio é tão macia,
e que meiguice linda põe na gente!...
Porém, se afago em minha ardente mão
teus seios, maus presságios te atormentam
e choras... mas não tens porque chorar!
– Adoro-te, e na minha devoção
os meus pobres carinhos representam
meu rito, e teus seios, meu altar!