Amigos da Alcova

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Teus seios

Eno Theodoro Wanke (1929-2001)



Não posso me esquecer, por mais que tente,
dos teus seinhos, numa nostalgia
de tê-los, de aninhar na mão vazia
a doce redondez, macia e quente.

E que ternura quando, humildemente,
a minha rude mão te acaricia....
– A carne do teu seio é tão macia,
e que meiguice linda põe na gente!...

Porém, se afago em minha ardente mão
teus seios, maus presságios te atormentam
e choras... mas não tens porque chorar!

– Adoro-te, e na minha devoção
os meus pobres carinhos representam
meu rito, e teus seios, meu altar!

Voyeurs desde o Natal de 2009