Geraldo Pinto Rodrigues
Guardei de mim o que lhe
dou agora:
uma canção de amor com a
cor da aurora,
favos de nuvens para o
nosso idílio
e coisas mais para um
suave exílio.
Aquietemo-nos corça,
fêmea arfante,
lua inteira despida, doce
amante,
que na razão de estarmos
descobrimos
tempos de vida, triunfais
arrimos.
Sob o jugo de halos
invulgares,
refaço o canto em
descobrimentos
de teias que se extinguem
nos vagares
dos ritos que em amor são
chamamentos
para viagens tecidas
sobre a cama
e coisas mais afeitas a
quem ama.