Paulo Franchetti
Uma gueixa velhota, tosca e burra,
Um dia quis bater uma punheta.
Como buscasse em vão alguma curra
E não achasse pinto, fez mutreta:
Enfiou pelo cu vasto salame,
Agasalhou um nabo bem folhudo,
Um cru pedaço de toucinho, inhame,
E um braço de japona de veludo.
Guarda-chuva, abajur, pano de prato,
Pé de cadeira, cabo de martelo,
Torneira, mangueirinha, telefone:
Tudo comeu seu velho rabo ingrato,
Sem lhe dar paz, sem se aplacar o anelo
De tal olho, voraz como um ciclone!
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Voyeurs desde o Natal de 2009
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